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BEVs lideram vendas pelo terceiro mês seguido

 

  • “Mercado amadureceu rapidamente” – diz presidente da ABVE
  • Plug-in consolidam a virada, com 70% das vendas em fevereiro

 

Pelo terceiro mês seguido, os veículos 100% elétricos (BEV) lideraram as vendas de eletrificados leves no mercado nacional em fevereiro, com 3.639 emplacamentos, ou 34,8% do total neste segmento (10.451).

Foram seguidos de perto pelos veículos elétricos híbridos com recarga externa (PHEV), com 3.594 unidades vendidas, ou 34,4%. Os híbridos convencionais sem recarga externa (HEV e MHEV) chegaram a 30,8% (3.218).

A consolidação dos BEV abre um novo capítulo na história do mercado brasileiro de eletromobilidade.

Os veículos 100% elétricos – puxados pelos modelos da BYD e GWM – já tinham liderado as vendas do segmento em dezembro de 2023 e janeiro de 2024.

Dez/23: 16.279 eletrificados emplacados

  • BEV: 6.018 (37%)
  • PHEV: 5.353 (33%)
  • HEV+HEV flex+ MHEV: 4.908 (30%)

Jan/24: 12.026

  • BEV: 4.358 (36,3%)
  • PHEV: 3.910 (32,5%)
  • HEV+HEV flex + MHEV: 3.758 (31,2%)

Fev/24: 10.451

  • BEV: 3.639 (34,8%)
  • PHEV: 3.594 (34,4%)
  • HEV+HEV flex + MHEV: 3.218 (30,8%)

Em outro mês de vendas aquecidas, fevereiro de 2024 consolidou uma tendência de crescimento dos veículos elétricos com recarga externa (plug-in), que atingiram o patamar recorde de 70% do total de eletrificados emplacados.

Segundo a ABVE Data, a participação dos plug-in (BEV + PHEV) nas vendas de eletrificados chegou a 69,2% do total em fevereiro, ficando os outros 30,8% para os híbridos sem recarga externa (HEV +HEV flex + MHEV). Em janeiro, essa participação tinha sido de 68,7%.

O primeiro bimestre de 2024, portanto, confirma a evolução verificada ao longo do ano passado, que inverteu a tendência do mercado nacional de eletrificados, dominado até 2022 pelos híbridos elétricos com motor flex a etanol, sem recarga externa.

AMADURECIMENTO

“Os números indicam um amadurecimento muito rápido do mercado brasileiro de eletromobilidade” – disse o presidente da ABVE, Ricardo Bastos.

“O consumidor brasileiro demonstra uma confiança crescente nas novas tecnologias e se aproxima cada vez mais do perfil dos mercados europeus, liderados pelos veículos plug-in e, dentres estes, pelos BEV 100% elétricos” – acrescentou.

Com os 10.451 emplacamentos de fevereiro, a participação de mercado (market share) dos eletrificados sobre as vendas domésticas totais de automóveis e comerciais (155.283, segundo a Fenabrave) chegou a 7% em fevereiro.

Desde de dezembro de 2023, essa participação tem se apresentado acima dos 5%, o que sinaliza a maior inserção da eletromobilidade no mercado brasileiro.

  • Novembro/2023: 5% (10.601 veículos)
  • Dezembro/2023: 7% (16.279)
  • Janeiro/2024: 8% (12.026)
  • Fevereiro/2024: 7% (10.451)

Os números de veículos BEV vendidos em fevereiro foram especialmente notáveis. Os 3.639 emplacados no último mês correspondem a um aumento expressivo de 470% sobre as vendas dessa tecnologia em fevereiro de 2023 (638 veículos)

Os híbridos plug-in (PHEV) também se destacaram. Os 3.594 emplacamentos de fevereiro representam um aumento de 193% sobre fevereiro de 2023 (1.227).

Já os híbridos convencionais sem recarga externa (HEV flex, HEV e MHEV) totalizaram 3.218 unidades em fevereiro, ou 32,5% acima das vendas de fevereiro de 2023 (2.429).

CRESCIMENTO

Apesar do aumento entre 10% e 12% das alíquotas do Imposto de Importação de veículos elétricos e híbridos em janeiro, o mercado total de eletrificados (BEV+PHEV+HEV/MHEV) seguiu em crescimento acelerado neste início de 2024.

Os 10.451 eletrificados de fevereiro foram a melhor marca para o mês em toda a série histórica da ABVE, com um aumento impressionante de 143% sobre fevereiro de 2023 (4.294).

Porém, em relação a janeiro de 2024 (12.026), houve uma queda de 13%, explicável pelo menor número de dias do mês e os feriados do Carnaval.

Já o acumulado dos dois primeiros meses de 2024 (22.477) apresenta um crescimento expressivo de 155,5% sobre o mesmo bimestre de 2023 (8.797), indicando o vigor do mercado nos últimos 14 meses.

O avanço da infraestrutura de recarga tem sido um fator crucial para o aumento da participação de mercado dos veículos elétricos, reduzindo as preocupações dos consumidores em relação ao abastecimento.

Empresas como Raízen, BYD, Ipiranga, Tupinambá, EZVolt, Vibra e outras têm desempenhado papel significativo na expansão dos pontos públicos de recarga.

MODELOS

Em relação aos modelos e montadoras, as empresas chinesas BYD e GWM seguiram na liderança dos emplacamentos de veículos elétricos no Brasil.

A BYD contribuiu com 42,37% do total de emplacamentos em fevereiro, com seu modelo Song Plus GS DM sendo o mais emplacado, seguido pelo Dolphin GS 180 EV.

Montadoras que mais emplacaram veículos eletrificados em fevereiro de 2024:

1º – BYD (4.428)

2º – GWM (1.715)

3º – Toyota (1.548)

4º – CAOA Chery (590)

5º – Volvo (338)

Modelos mais emplacados em fevereiro de 2024:

1º – Song Plus GS DM / BYD (PHEV)

2º  – Dolphin GS 180 EV / BYD (BEV)

3º – Corolla Cross XRX Hybrid / TOYOTA (HEV flex)

4º – BYD Dolphin Plus  310 EV / BYD (BEV)

5º – Haval H6 PREM PHEV / GWM (PHEV)

ESTADOS E MUNICÍPIOS

São Paulo seguiu na liderança dos Estados que mais emplacaram veículos eletrificados em fevereiro com 3.497 unidades, seguido pelo Distrito Federal com 991 veículos e Rio de Janeiro com 786 veículos.

Juntos, esses três Estados representaram 50,5% do total de emplacamentos do mês.

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ABVE e Latam Mobility assinam acordo pela mobilidade sustentável

A Latam Mobility, a mais importante comunidade de mobilidade sustentável da América Latina, assinou uma parceria com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), com o objetivo de avançar no caminho da descarbonização do transporte e promover a eletromobilidade no Brasil.

Com a parceria, a ABVE passa a fazer parte do grupo de organizações aliadas que estarão presentes no encontro “Latam Mobility & Net Zero Brasil 2024”, a ser realizado no gigante sul-americano, juntamente com outros países latino-americanos que fazem parte do Latam Mobility 2024 Tour.

Edi Mariano, Country Manager da Latam Mobility no Brasil, e Ricardo Bastos, presidente da ABVE, foram os responsáveis pela assinatura dessa nova parceria que tem entre seus objetivos promover a cadeia produtiva do lítio e de minerais estratégicos; a infraestrutura de recarga; a fabricação de ônibus no continente; a criação de um centro regional de baterias e microprocessadores e políticas públicas e regulamentações para o setor.

Entre as iniciativas da associação, a EvolvX, iniciativa de consultoria e dados da Latam Mobility, com o apoio da ABVE, desenvolverá um relatório periódico sobre a eletromobilidade no mercado brasileiro, que será publicado e distribuído gratuitamente aos seus associados.

São Paulo no radar

Nos dias 1 e 2 de julho, o espaço Villa Blue Tree em São Paulo, abrirá suas portas para o “Latam Mobility & Net Zero Brasil 2024”, que contará com a presença do presidente da ABVE, Ricardo Bastos, que participará da cerimônia oficial de abertura do encontro no Brasil.

Além disso, a ABVE terá uma sala exclusiva no encontro, onde receberá seus mais de 120 associados, bem como empresas e entidades que desejam se conectar com a associação brasileira.

O Latam Mobility & Net Zero Brazil 2024 oferecerá uma plataforma única para networking, aprendizado e colaboração entre os principais players do setor, promovendo o avanço e a inovação na indústria da mobilidade.


Mais informações sobre o Latam Mobility & Net Zero Brasil 2024, incluindo detalhes do programa, visite nosso site www.latamobility.com e para comprar ingressos, acesse: https://live.eventtia.com/es/latammobilitybrasil2024

Informações e opções de posicionamento como patrocinador, contatar diretamente Edi Mariano: edi.mariano@latamobility.com ou 55 41 99114-2973.

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KPMG analisa programa Mover, em debate promovido pela ABVE

Encontro é o primeiro de uma série que a associação promoverá em 2024

Num debate promovido pela ABVE no último dia 27/2, em São Paulo, especialistas da KPMG e do escritório Ferraz de Camargo e Matsunaga Advogados (FCAM Advogados) fizeram uma avaliação positiva do novo Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) do Governo Federal, destacando que ele poderá impulsionar os investimentos em eletromobilidade no Brasil.

Da esq. para a dir.: Jean Paraskevopoulos, sócio-líder de Clients & Markets da KPMG no Brasil e América do Sul; Wiliam Calegari, sócio-líder da prática de R&D Tax Incentives da KPMG no Brasil; Ricardo Sartorelli, sócio-diretor no FCAM Advogados; Ricardo Bastos, presidente da ABVE; Ricardo Roa, sócio-líder do setor Automotivo da KPMG no Brasil; Marcos Matsunaga, sócio-líder do FCAM Advogados.

O debate reuniu 89 associados da ABVE – de um total de 124 –  na sede da KPMG Brasil, uma das maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo. É o primeiro de uma série de encontros organizados pela Associação sobre a nova política automotiva do governo, lançada no dia 30 de dezembro de 2023.

Ricardo Bastos, presidente da ABVE, destacou que o Mover abre uma oportunidade de aumento dos investimentos em eletromobilidade no Brasil, que podem vir tanto de fora quanto de empresas nacionais dispostas a investir no setor.

“Um grande destaque do programa é a simplicidade do incentivo fiscal, o que deverá contribuir muito na tomada de decisão das empresas em relação aos seus investimentos. O governo acertou ao deixar esses assuntos mais transparentes e com uma legislação mais clara”, disse.

MUDANÇAS

Ricardo Roa, sócio-líder da KPMG para o setor Automotivo (foto), destacou em sua palestra que o Mover foi elaborado dentro de um contexto no qual o setor automotivo mundial sinaliza profundas transformações nos veículos, na forma de usá-los e produzi-los.

“A Medida Provisória que institui o Mover traz importantes regramentos de mercado, além de benefícios para dispêndios em Pesquisa & Desenvolvimento, medidas para produção e difusão de tecnologias de propulsão de baixo carbono, programas prioritários para fortalecimento da cadeia de fornecedores e tributação sustentável”.

O dirigente da KPMG destacou ainda as novidades do Mover em relação ao programa automotivo Rota 2030, seu antecessor, especialmente as novas métricas de reciclabilidade veicular e medição de eficiência energética e emissões de carbono, considerando os ciclos “do poço à roda” e, numa segunda fase, “do berço ao túmulo”.

Ricardo Sartorelli, sócio-diretor do Ferraz de Camargo e Matsunaga Advogados (FCAM Advogados), fez um relato sobre a tramitação da MP 1.205, que institui o Mover, no Congresso Nacional e um sumário das 208 emendas já apresentadas ao texto original.

“O importante agora é avaliar a pertinência das emendas. Há emendas que, eventualmente, excedem um pouco o escopo da legislação, bem como outras que não estão totalmente alinhadas com a Reforma Tributária, o que será avaliado na Comissão Mista que está sendo formada” explicou.

“A questão da renúncia fiscal é muito importante, porque existe um valor que cabe no orçamento, e as emendas, em boa parte, representam um aumento de renúncia. A avaliação do Congresso será muito criteriosa nesse aspecto, pois não há espaço orçamentário para todas as emendas”.

Uma das emendas foi apresentada pelo senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), com apoio da ABVE. Visa reintroduzir os veículos elétricos levíssimos no escopo do Mover, previstos numa primeira versão do programa e retirado no texto publicado em dezembro.

INCENTIVOS

Marcos Matsunaga, sócio-líder do FCAM Advogados, ressaltou a importância da rápida tramitação da MP no Congresso. “O texto-base da Medida Provisória é muito bom para o setor, traz um incentivo moderno, muito atraente para toda a cadeia automotiva”.

Em sua análise, Matsunaga observou que os incentivos previstos à instalação de empresas ou unidades industriais no Brasil são harmônicos e compatíveis com as normas internacionais.

Isso afastaria o risco de o Mover sofrer algum tipo de contestação junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), como aconteceu com o Inovar Auto, programa que antecedeu o Rota 2030. Mas ressalvou: “é importante, no entanto, acompanhar todas as etapas de regulamentação do programa”.

Abaixo, a íntegra do Mover e o teor do Projeto de Lei de Depreciação Acelerada, publicados no “Diário Oficial da União” de 30 de dezembro de 2023.

https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=30/12/2023&jornal=616&pagina=1&totalArquivos=4

SOBRE O MOVER

O Mover não é apenas a nova versão de um programa de incentivo ao setor automotivo, na linha do Rota 2030 de 2018, mas um abrangente conjunto de medidas para promover a descarbonização de todo o setor de transportes e logística no Brasil, incluindo ônibus, caminhões e componentes.

Entre outras iniciativas, a MP cria o IPI Verde e apresenta um conjunto de incentivos fiscais para veículos mais sustentáveis de empresas que investirem na descarbonização. Esses incentivos serão de R$ 3,5 bilhões já em 2024 e alcançarão R$ 19 bilhões até 2028.

Serão concedidos por um sistema de “bônus e malus” que levarão em conta critérios como: fonte de energia para propulsão, consumo energético, potência do motor e reciclabilidade.

Prevê ainda um inovador sistema de medição de emissões de carbono “do poço à roda” e “do berço ao túmulo”, que levará em conta todas as etapas da produção do combustível utilizado no veículo, desde a colheita, no caso do etanol, até a composição das baterias, no caso dos veículos elétricos, e, por fim, a reciclagem desses produtos.

Já o PL da Depreciação Acelerada “autoriza a concessão de quotas diferenciadas de depreciação acelerada para máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos destinados ao ativo imobilizado e empregados em determinadas atividades econômicas”.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o objetivo do PL é estimular o investimento em máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos, visando aumento de produtividade e renovação tecnológica.

Em comentários divulgados pelo MDIC, onde os dois documentos foram idealizados, o ministro e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que o Mover “segue as diretrizes estabelecidas pelo presidente Lula, de compromisso com o desenvolvimento sustentável”.

Sobre o PL da Depreciação Acelerada, Alckmin acrescentou que a proposta visa apoiar a meta do governo de “neoindustrialização” do país.

“Neoindustrialização tem tudo a ver com aumento de produtividade e competitividade, e esse é um passo muito importante nessa direção”, disse.

SOBRE A KPMG

A KPMG é uma organização global de firmas independentes que prestam serviços profissionais nas áreas de Audit, Tax e Advisory. A KPMG está presente em 146 países e territórios. No exercício financeiro de 2020, o total de profissionais atuando nas firmas-membro em todo o mundo era de aproximadamente 227.000.

No Brasil, são aproximadamente 5.000 profissionais distribuídos em 13 Estados e Distrito Federal, 22 cidades e escritórios situados em São Paulo (sede), Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Joinville, Londrina, Manaus, Osasco, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, São Carlos, São José dos Campos e Uberlândia.

Atualmente, a KPMG é referência nacional na assessoria de implantação de Políticas Automotivas como o Mover, tendo nos últimos dez anos assessorado mais de 30 empresas do segmento automotivo.

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Eletrificados iniciam 2024 com recorde de vendas

Segundo melhor mês da série histórica indica que Imposto de Importação não esfriou o mercado

Os veículos leves eletrificados seguiram ganhando mercado em 2024 no Brasil, confirmando a tendência de 2023. Em janeiro, foram 12.026 veículos emplacados – quase o triplo, ou 167% acima do mesmo mês do ano passado (4.503).

Foi o melhor janeiro e o segundo melhor mês de toda a série histórica da ABVE, apesar do aumento do Imposto de Importação de veículos elétricos, que entrou em vigor no primeiro dia do ano (10% para BEV, 100% elétricos e 12% para elétricos híbridos).

Em relação às vendas espetaculares de dezembro de 2023 (16.279), o total de janeiro caiu 26%, mas, ainda assim, superou todas as expectativas para o primeiro mês do ano.

Os números indicam a continuidade do forte crescimento das vendas de eletrificados leves nos últimos anos no Brasil, especialmente em 2023, quando chegaram a 93.247 unidades.

PLUG-IN

Os veículos 100% elétricos BEV (Battery Electric Vehicle) foram o grande destaque, pelo segundo mês consecutivo.

Em janeiro, foram 4.358 BEV, ou 36% do total de veículos eletrificados emplacados, que incluem os HEV (Hybrid Electric Vehicle) e os PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle).

Na comparação com janeiro de 2023 (755), o crescimento dos BEVs foi de 477%.

Janeiro também registrou vendas de 3.910 híbridos plug-in (PHEV), um crescimento de 139% sobre janeiro de 2023 (1.637), com uma participação de 32,5% sobre as vendas totais de eletrificados no mês.

Com 8.268 unidades, os veículos elétricos plug-in (híbridos PHEV e 100% elétrico BEV com recarga externa) chegaram a 68,5% das vendas totais do segmento de eletrificados no mês (12.026), consolidando uma tendência de mercado registrada ao longo de 2023.

O crescimento de mercado dos veículos plug-in é resultado do fortalecimento das montadoras para estes segmentos de veículos, com mais oferta de modelos, parceria com empresas de recarga e maior divulgação.

Já os veículos híbridos convencionais não plug-in totalizaram 3.758 emplacamentos em janeiro – 1.593 HEV flex, 1.261 HEV a gasolina e 904 MHEV (Mild Hybrid Electric Vehicle), ou 31% do total de eletrificados.

MODELOS E MONTADORAS

O mercado segue sendo fortemente impulsionado pelas montadoras BYD, GWM e CAOA Chery.

O BYD Dolphin GS foi o modelo 100% elétrico mais emplacado no mês, com 1.583 unidades, seguido do híbrido plug-in BYD Song Plus GS, com 1.519.

As cinco montadoras que mais emplacaram eletrificados leves em janeiro/24 foram:

1º – BYD: 4.298

2º – GWM: 2.315

3º – Toyota: 1.593

4º – CAOA Chery: 752

5º – Volvo: 668

 

Já os cinco modelos mais emplacados foram:

1º – BYD Dolphin GS 180EV (BEV)

2º – BYD Song Plus GS (PHEV)

3º – Toyota Corolla Cross XRX Hybrid (HEV flex)

4º – GWM Haval H6 Prem (HEV)

5º – BYD Seal AWD GS 590EV (BEV)

 

ESTADOS E MUNICÍPIOS

O Estado de São Paulo continua liderando o número de emplacamentos de eletrificados leves, com 4.082 veículos em janeiro – aumento de 185,5% sobre janeiro de 2023 (1.430).

O Rio de Janeiro segue na vice-liderança, com 896 emplacamentos – crescimento de 126%, sobre janeiro de 2023 (397).

Por munícipio, São Paulo também é a cidade que mais emplacou eletrificados em janeiro (1.819), seguida por Brasília (876) e Rio de Janeiro (561).

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Elétricos crescem em todas as regiões do Brasil

No melhor ano da eletromobilidade no Brasil, as vendas de veículos leves eletrificados (PHEV+BEV+HEV) cresceram em todas as regiões do país em 2023. Apenas quatro estados tiveram aumento de emplacamentos inferior a 50% em relação a 2022.

Todas as regiões cresceram acima de 50% sobre o ano anterior. O Sudeste continuou liderando o crescimento das vendas (+101%), mas o Nordeste também teve desempenho expressivo (+91%), seguido pelo Sul (+82%), Centro-Oeste (+73%) e Norte (+67%).

Em oito Estados os emplacamentos aumentaram mais de 100%. Os destaques foram Espírito Santo (+169%), Distrito Federal (+161%) e Alagoas (+146%), seguidos por Ceará (+113%), Sergipe (+107%), São Paulo (+105%), Rio Grande do Norte (+103%) e Santa Catarina (+101%).

O crescimento de 91% no Nordeste, com 11.788 emplacamentos em 2023 (contra 6.175 em 2022), indica que a eletromobilidade deixa de ser um fenômeno dos estados do Sudeste e começa a se espalhar por todo o país.

A evolução das vendas de eletrificados no Nordeste foi puxada pelo forte aumento em cidades como Maceió (+192%), Fortaleza + (173%) e Recife (+134%).

Outras cidades também se destacaram em 2023, com crescimento na faixa de 200%. Exemplos: Campinas (+247%), Vitória (+195%), Maceió (+192,2%) e Brasília (+192,1%).

VENDAS TOTAIS

Em números absolutos, a liderança por cidades segue com São Paulo (15.648 emplacamentos em 2023), seguida por Brasília (6.401), Rio de Janeiro (4.332), Belo Horizonte (3.689) e Curitiba (3.152).

Por Estados, São Paulo mantém a liderança isolada das vendas totais de eletrificados (32.787 em 2023, ou 35% do total), seguido por Rio de Janeiro (6.901 – 7,3%), Minas Gerais (6.413 – 6,8%) e Distrito Federal (6.401 – 6,8%).

E o Sudeste segue sendo a região que mais emplacou veículos leves eletrificados, com 52% do total (48.947 veículos) – aumento de 101% sobre 2022 (24.332).

No total nacional, o Brasil emplacou 93.927 veículos leves eletrificados em 2023, batendo todas as previsões, com crescimento de 91% sobre 2022 (49.245).

Só em dezembro, as vendas chegaram a 16.279, quase o triplo das 5.587 de dezembro de 2022 (+191%), superando todos os recordes mensais da série histórica da ABVE Data.

Os números de eletrificados se referem à soma de veículos elétricos híbridos plug-in (PHEV), elétricos 100% a bateria (BEV) e elétricos híbridos convencionais sem recarga externa (HEV). Automóveis, SUV e comerciais leves.

 
Emmanuela Jordão
Arthur Kakuta

Da ABVE DATA

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Com Alckmin, ABVE mostra a força da eletromobilidade

O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin reuniu-se nesta sexta (22), em seu gabinete no Ministério do Desenvolvimento (MDIC), em Brasília, com uma comitiva de dirigentes de oito empresas ligadas à Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Segundo o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, o objetivo foi apresentar ao vice-presidente a realidade atual e as perspectivas de crescimento da eletromobilidade no Brasil, com geração de empregos de qualidade, desenvolvimento tecnológico e investimentos no país.

“Pedimos essa reunião para mostrar a força da eletromobilidade no Brasil, desde a mineração de lítio em Minas Gerais até a produção de ônibus elétricos, automóveis, caminhões, motores elétricos, baterias, geração de energia e infraestrutura de recarga” – disse Ricardo Bastos.

“Não viemos a Brasília apenas para mostrar o que a ABVE está fazendo, viemos para dizer ao governo federal que estamos à disposição do Brasil’ – completou. “A eletromobilidade envolve um amplo conjunto de empresas, que podem mudar a indústria brasileira”.

Crédito: Gabriel Lemes/MDIC

NEOINDUSTRIALIZAÇÃO

O vice-presidente Geraldo Alckmin agradeceu a presença e ressaltou a importância da eletromobilidade para a economia brasileira. “É um setor muito importante, estratégico, e queremos que vocês cresçam” – disse.

Alckmin considerou a eletromobilidade um fator decisivo para o que chama de “neoindustrialização”, ao contribuir para “melhorar a produtividade e a competitividade da indústria nacional”.

Disse ainda que a nova indústria brasileira “terá de ser sustentável e deverá contribuir para a descarbonização da economia” – e que esse objetivo comporta “várias rotas tecnológicas”, com participação dos veículos elétricos, do etanol, do hidrogênio e dos biocombustíveis.

“O mundo está diante de três grandes desafios: a segurança alimentar, a segurança energética e a segurança ambiental” – afirmou Alckmin. “E o Brasil é campeão em todos eles.”

Ressaltou ainda a importância estratégica de o Brasil recuperar capacidade exportadora, especialmente na América Latina, não apenas com commodities, mas com produtos industrializados. “Temos de voltar a crescer a exportação de manufaturas”.

PARTICIPANTES

Participaram da reunião – que durou quase duras horas – nove altos dirigentes de algumas principais empresas que investem em transporte sustentável e energias renováveis no Brasil, recobrindo toda a cadeia produtiva do setor.

Cada um deles fez uma exposição de cinco minutos sobre os projetos de suas empresas e as perspectivas da eletromobilidade.

Entre elas: GWM, Eletra, Vehya, BYD, WEG, Raízen, Eletrobras e Companhia Brasileira de Lítio.

Pelo Ministério do Desenvolvimento (MDIC), participaram também Renato Agostinho, diretor de Operações Internacionais da Secex, e Gustavo Victer.

Pela ABVE, estiveram presentes:

RICARDO BASTOS – Presidente da ABVE;

DANIELA GARCIA – ABVE Infraestrutura/Diretora de Operações e Desenvolvimento de Negócios para América Latina da Vehya;

MILENA ROMANO – ABVE Veículos Pesados/ Presidente da Eletra;

FERNANDA CASTRO MIGUEL – ABVE Infraestrutura/ Gerente de E-Mobilidade da Eletrobras;

LINDOLFO PAOLIELLO – ABVE Mineração Estratégica/Diretor de Relações Institucionais da Companhia Brasileira de Lítio;

MARCELLO SCHNEIDER – ABVE Veículos Leves e Pesados/Diretor de Relações Institucionais da BYD;

MÁRCIO AFONSO – ABVE Veículos Leves/Diretor de Engenharia da GWM;

RAFAEL REBELLO – ABVE Infraestrutura/Diretor de Soluções de Energias Renováveis da Raízen;

WAGNER SETTI – ABVE Componentes/Diretoria de Relações Institucionais e Governamentais da WEG.

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