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S. Paulo preservará metas ambientais dos ônibus

O novo secretário municipal de Transportes de São Paulo, João Octaviano, disse ao promotor Marcos Barreto que manterá o cronograma original de corte de poluentes na futura licitação dos ônibus municipais.

Em reunião no Ministério Público do Estado, na manhã do dia 18, o secretário garantiu que a versão final do edital sobre a licitação será publicada nesta sexta (20/4) com poucas mudanças em relação ao texto original.

O encontro com o promotor do Meio Ambiente foi marcado a pedido do vereador Gilberto Natalini (PV), um dos autores da recente lei ambiental 16.802/2018, aprovada pela Câmara Municipal em dezembro.

Promotor Marcos Barreto

Natalini saiu satisfeito da reunião, mas disse que o tema exige cuidados para que as metas ambientais sejam cumpridas. “Estou acompanhando de perto”.

A tabela anual de corte de emissões (ver abaixo) é o item mais importante do edital que dará início à renovação dos contratos entre a Prefeitura e as empresas de ônibus.

O cronograma fixa, ano a ano, durante 20 anos, os porcentuais de corte de poluentes exigidos de cada empresa de ônibus – gás carbônico (CO²), óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado (MP).

Ele viabiliza, na futura licitação, as metas de redução de 50% dos poluentes dos ônibus em dez anos e de 100% em 20 anos, previstas na nova lei ambiental.

Vereador Gilberto Natalini

O edital e a lei dão a cobertura legal necessária ao início do processo de troca dos atuais ônibus a diesel (14 mil) por veículos elétricos e híbridos na frota paulistana.

primeira versão do edital – com o cronograma – tinha sido publicada no dia 20 dezembro, uma semana depois da aprovação da lei ambiental, ainda na gestão do prefeito João Doria e do secretário de Transportes Sergio Avelleda.

Mas o afastamento de Avelleda da Secretaria,  no primeiro dia útil do mandato do novo prefeito Bruno Covas (Doria deixou o cargo para concorrer ao Governo do Estado), ligou o sinal de alerta.

Dirigentes da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e entidades ambientalistas apontaram o risco de as metas ambientais serem abandonadas pela nova gestão municipal.

João Octaviano, novo secretário

Ao longo de 2017, a ABVE participou intensamente das negociações que resultaram na lei 16.802/2018 e no texto inicial do edital, publicado no dia 20 de dezembro.

Mas os temores de retrocesso se intensificaram com a informação de que o novo secretário é próximo do presidente da Câmara, vereador Milton Leite (DEM), conhecido crítico do rigor das metas ambientais da lei.

A versão final do edital tinha sido prometida para o dia 7 de abril, ainda por Avelleda. Ao tomar posse, João Octaviano, adiou o anúncio para o dia 16 e, agora, para o dia 20.

Diante da incerteza, Gilberto Natalini entrou em contato com o promotor, que convocou os secretários de Transporte e do Meio Ambiente para dar explicações sobre os adiamentos.

Sergio Avelleda deixou a SMT-SP

O vereador também enviou aos dois secretários um ofício solicitando que o cronograma de corte de emissões seja mantido na versão final do edital.

O secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo de Castro, não compareceu. Em seu lugar, participou Laura Ceneviva, secretária executiva do Comitê Municipal de Mudança do Clima.

Outro item da pauta no Ministério Público foi a regulamentação da lei ambiental 16.802, que prevê um prazo de seis meses após a promulgação (17 de janeiro) para ser concluída pelo Executivo.

O secretário de Transportes disse que esse assunto está na mão do secretário de Governo Júlio Semeghini. A regulamentação, pela lei, pode ser concluída até 17 de agosto.

Octaviano, porém, comprometeu-se a mudar o texto de uma portaria recente da Secretaria de Transportes para incluir representantes de entidades sociais no Comitê Gestor que supervisionará a mudança das frotas de ônibus.

CRONOGRAMA DE REDUÇÃO DE POLUENTES DOS ÔNIBUS DE SÃO PAULO

Tabela anual de corte de emissões para os ônibus do sistema estrutural de São Paulo, a partir da assinatura dos novos contratos.
Fonte: minuta do edital de 20/12/17-SMT/SP.

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Ônibus elétrico da BYD já roda em Brasília com carroceria Marcopolo

Já começaram a rodar em Brasília os dois primeiros ônibus elétricos fabricados pela BYD de Campinas com carroceria nacional da Marcopolo.

Os modelos D9W Torino, adquiridos pelo Grupo Piracicabana, fizeram sua estreia transportando delegações do 8º Fórum Mundial da Água, evento internacional que termina nesta sexta (23).

A partir de abril os dois veículos atenderão a linha que serve a Universidade de Brasília. São os primeiros ônibus 100% elétricos a circular no Distrito Federal.

Ebus BYD Marcopolo, elétrico fabricado em Campinas com carrceria nacional

O lançamento do Ebus BYD Marcopolo foi feito pelo governador do DF, Roberto Rollemberg.

Ele confirmou que concederá para a energia elétrica consumida pelos veículos a mesma isenção de ICMS hoje oferecida na compra de ônibus a diesel.

“Estamos caminhando a passos largos para a mobilidade sustentável, e, ao longo do tempo, queremos ampliar a frota de ônibus elétrico no Distrito Federal” – disse o governador.

Também participaram do lançamento Vagner Rigon, da BYD Brasil, Fausto Mansur, da Piracicabana, e Fábio Damasceno, Secretário de Transportes do Distrito Federal.

PARCERIA

O presidente de Operações da BYD do Brasil, Tyler Li, destacou a parceria com a Marcopolo, importante fabricante nacional de carroçarias, fundada em 1949 em Caxias do Sul (RS).

“Estamos felizes em entregar os primeiros ônibus elétricos para Brasília, junto com a Marcopolo. Estamos criando empregos no Brasil e ajudando a cidade a melhorar seu sistema de ônibus e a reduzir a poluição” – disse.

O Ebus é um modelo D9W com chassis produzido na fábrica da BYD em Campinas e montado com carroceria Marcopolo Torino.

É totalmente elétrico, com autonomia de 300 km, emissão zero de poluentes e baixíssimo nível de ruído. Tem 13,20 m de comprimento, suspensão pneumática dianteira e traseira e ar condicionado.

Segundo a BYD, cada Ebus deixa de despejar na atmosfera 1,8 tonelada de CO² ao longo de uma rodagem média de 6 mil km/mês, além de 118,8 kg de õxidos de nitrogênio (NOx) e 1,152 kg de material marticulado.

A comparação é feita com as emissões de um ônibus convencional a diesel Euro 5, em rodagem equivalente.

Com os novos veículos da Piracicabana, Brasília será a terceira cidade do Brasil a operar os ônibus totalmente elétricos da BYD, depois de Campinas e Santos.

MOBILIDADE

Fundada em 1995 na China, a BYD é hoje a maior empresa do mundo em mobilidade sustentável (ônibus, caminhões e automóveis) e painéis solares. Tem 40 fábricas e 220 mil funcionários em vários países.

A BYD do Brasil começou a operar em 2015, em Campinas (SP), com uma fábrica de ônibus elétricos e empilhadeiras.

Em 2017, inaugurou no mesmo local a sua fábrica de módulos para painéis fotovoltaicos. Tem 420 funcionários no Brasil.

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Edital de Campinas prevê só ônibus elétricos no centro

O secretário de Transportes de Campinas, Carlos Barreira, confirmou nesta quarta (21/3) a criação de uma Área Branca, livre de combustíveis fósseis, no centro da cidade, até o final de 2018.

Numa audiência pública sobre o transporte municipal, na Prefeitura, o secretário lançou oficialmente a nova licitação, que prevê trocar parte dos ônibus a diesel por veículos elétricos e híbridos (íntegra abaixo).

As futuras linhas de corredores exclusivos (Bus Rapid Transit-BRT) também serão operadas por veículos não poluentes.

Carlos Barreira, secretário de Transportes de Campinas

O edital com as regras da licitação será lançado em maio.

O secretário espera assinar os primeiros contratos com as empresas de ônibus a partir de agosto.

A Secretaria de Transportes decidiu antecipar o fim dos atuais contratos assinados em 2006.

Os contratos venceriam em 2021, mas sofreram várias restrições do Tribunal de Contas do Estado, o que apressou a decisão da Prefeitura.

ÁREA BRANCA

Na Área Branca, só poderão entrar ônibus movidos a combustíveis não poluentes. Carros a gasolina terão restrições de circulação.

A região livre de combustíveis fósseis no centro terá 3 km² de área e 7 km de perímetro.

Campinas é a segunda grande cidade do Brasil – depois de São Paulo – a iniciar a renovação dos contratos da frota de ônibus, prevendo veículos elétricos e híbridos.

Hoje, a cidade tem 13 ônibus e três táxis elétricos. Instalou também dez eletropostos em vias de grande movimento e num shopping.

A atual frota operacional é de 1.070 ônibus, que circulam em 205 linhas e transportam 14 milhões passageiros/mês, ou 610 mil/dia, em 22 mil viagens/dia.

PRAZO E IPK

Segundo o secretário, o prazo das futuras concessões será de 15 anos. O critério de contratação será o menor preço ou a maior outorga, ou uma composição de ambos os modelos.

Um dos objetivos da licitação, disse Barreira, é reduzir o custo do transporte. A cidade tem 800 km² e um IPK (Índice de Passageiro por Km) de 1,5.

“É um IPK muito baixo, e isso faz com que nosso sistema seja mais caro. Queremos um sistema que atraia os passageiros, com tarifa adequada, ônibus limpos, que chegam no horário”.

CARACTERÍSTICAS

A licitação dos ônibus prevê:

-Veículos não poluentes no centro e nos corredores exclusivos;
-Tecnologia embarcada (Automatic Vehicle Location-AVL);
-BRTs com percursos em desnível (acima ou abaixo do nível da rua nos cruzamentos importantes);
-Contratos serão assinados com Sociedades de Propósito Específico (SPE);
-Bilhetagem eletrônica administrada pelas concessionárias;
-Meta de 100% de bilhetagem desembarcada (sem cobradores ou validadores nos ônibus);
-Divisão da cidade em seis áreas (hoje, são quatro), mais a Área Branca no centro;
-Indicadores para controle de poluentes da frota;
-Tarifa única, independentemente do percurso;
-Remuneração pelo custo do sistema e por indicadores de qualidade;
-Reajustes anuais, com possibilidade de revisão a cada três anos;
-Wi-fi e ar condicionado nas linhas “troncalizadas” e em algumas “alimentadoras”, mas não em toda a frota;
-Não haverá suporte para bicicletas nos ônibus e BRTs; só nos terminais;
-Monitoramento do comportamento dos motoristas, com câmeras.

NÚMEROS

Hoje, cinco empresas operam as quatro áreas do transporte coletivo municipal:

Área 1-Azul Claro: VB Transportes;
Área 2-Vermelha: Consórcio Concicamp (Itajaí e Expresso Campibus);
Área 3-Verde: Consórcio Urbcamp (VB Transportes e Coletivos Pádova);
Área 4- Azul Escuro: Onicamp Transportes.

Campinas tem a terceira maior economia do Estado e a 11ª do país, com PIB municipal de R$ 56,4 bilhões (IBGE/dezembro de 2017-Dados de 2015).

No Estado, fica atrás apenas de São Paulo e Osasco; no Brasil, supera capitais como Recife (PE), Goiânia (GO) e Vitória (ES).

A cidade tem a terceira população do Estado, de 1,18 milhão de habitantes (depois de São Paulo e Guarulhos); é a 14ª mais populosa do Brasil.

Uma de suas indústrias é a filial da chinesa BYD, fabricante de ônibus elétricos e baterias, inaugurada em abril de 2017.

Vídeo da Audiência (TV Câmara de Campinas):

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ABVE defende corte de IPI para elétricos e híbridos

A Associação Brasileira do Veículo Elétrico voltou a defender, nesta quarta (21/3), o corte do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) dos veículos elétricos e híbridos.

Em nota assinada pelo presidente Ricardo Guggisberg, a ABVE diz confiar na promessa do presidente Michel Temer de divulgar o mais cedo possível o novo regime automotivo Rota 2030, que prevê a redução do imposto.

O corte do IPI, dos atuais 25% para até 7% (mesma alíquota dos carros flex), é condição essencial para o crescimento do mercado de veículos elétricos, segundo a associação.

Ricardo Guggisberg, presidente da ABVE

A ABVE cita o recente lançamento do Prius flex da Toyota – o primeiro carro elétrico híbrido movido a etanol do mundo – como exemplo de que as empresas já fazem a sua parte para desenvolver a eletromobilidade no Brasil.

“A ABVE espera que tal exemplo inspire o Governo Federal a avançar nas ações em defesa da mobilidade sustentável, previstas no futuro programa automotivo Rota 2030”  – afirma a nota.

“Por isso, confia em que o presidente Michel Temer divulgará o quanto antes a prometida redução do IPI dos veículos elétricos e híbridos para 7%, a mesma alíquota dos carros flex 1.0”.

A nota também destaca que a colaboração entre as tecnologias de motorização elétrica e de biocombustíveis é o melhor caminho para o transporte sustentável no Brasil.

“O Brasil é um dos poucos países no mundo com competência para adotar diferentes tecnologias de energias renováveis”- concluiu o texto.

Ricardo Guggisberg participou, no dia 19 de março, na Universidade de São Paulo, do lançamento do protótipo do Prius flex da Toyota.

O carro iniciou um período de testes em condições reais, num percurso de 1.500 km entre São Paulo e Brasília.

Segundo o presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, a empresa aguarda o anúncio do governo sobre o corte de IPI para definir a sua estratégia de produção e comercialização do Prius flex no país.

Íntegra da nota:

ABVE confia na redução do IPI para a mobilidade elétrica

O primeiro carro elétrico híbrido movido a etanol do mundo – o protótipo do Toyota Prius flex, lançado no dia 19 de março em São Paulo – é uma demonstração clara de que o país só tem a ganhar com a confluência entre tecnologias de mobilidade sustentável, nas quais detém indiscutível competência.

O anúncio prova que as empresas e os técnicos brasileiros já fazem a sua parte na busca de soluções inovadoras para o transporte.

A ABVE espera que tal exemplo inspire o Governo Federal a avançar nas ações em defesa da mobilidade sustentável, previstas no futuro programa automotivo Rota 2030.

Por isso, confia em que o presidente Michel Temer divulgará o quanto antes a prometida redução do IPI dos veículos elétricos e híbridos para 7%, a mesma alíquota dos carros flex 1.0.

Trata-se de medida de justiça tributária, considerando-se que os modelos elétricos e híbridos têm eficiência energética superior à dos veículos flex 1.0.

Não é hora de recuar. É hora, sim, de desenvolver todo o potencial da eletromobilidade e das empresas brasileiras que atuam nesse mercado. É hora de superar definitivamente o falso dilema que ainda opõe eletricidade e etanol na matriz energética do transporte.

O Brasil é um dos poucos países no mundo com competência para adotar diferentes tecnologias de energias renováveis.

Essa diversidade é o grande ativo nacional na economia mundial de baixo carbono. Essa é a agenda que interessa ao país.

Ricardo Guggisberg, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico.

 

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Toyota anuncia novo Prius elétrico híbrido a etanol

A Toyota apresentou nesta segunda-feira (19/3), em São Paulo, o protótipo do primeiro veículo elétrico híbrido a etanol do mundo, o Prius flex.

O anúncio foi feito pela manhã no Palácio dos Bandeirantes e à tarde no escritório da agência de fomento Desenvolve SP no campus da Universidade de São Paulo.

O veículo começou um teste em condições reais de 1.500 km, num percurso entre São Paulo e Brasília.

CONFLUÊNCIA

Segundo o presidente da ABVE, Ricardo Guggisberg, o lançamento prova a confluência entre a mobilidade elétrica e os biocombustíveis.

A presidente da União das Indústrias da Cana-de-Açúcar (Unica), Elisabeth Farina, reconheceu que o Prius flex atesta a “coexistência” possível entre ambas as tecnologias.

Governador de São Paulo no volante do Prius, ao lado do presidente da Toyota Brasil, Rafael Chang

Pela manhã, a cerimônia teve a participação do governador Geraldo Alckmin, do presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang (foto), e do CEO da Toyota para América Latina e Caribe, Steve St. Angelo.

O governador elogiou a iniciativa e destacou as vantagens de um veículo de baixa emissão de poluentes para a saúde humana. “Hoje é um dia histórico”.

“O etanol emite menos carbono, pois é uma energia renovável através da cana-de-açúcar. É um feito extraordinário à saúde, ao consumidor e ao meio ambiente” – afirmou.

Alckmin chegou a posar para fotos sentado no volante do Prius flex, ao lado de Rafael Chang.

Steve St. Angelo acrescentou: “Estou muito orgulhoso de nossos engenheiros da Toyota do Brasil, que trabalharam com objetivo de desenvolver o veículo híbrido mais limpo do mundo”.

O Toyota Prius a etanol começou a tomar forma em 2015, com os primeiros testes conduzidos por engenheiros brasileiros e especialistas da USP e Universidade de Brasília.

Os técnicos usaram várias composições de gasolina e etanol. Os estudos preliminares indicaram que o melhor desempenho foi com etanol puro.

Todos os testes estão sendo acompanhados por engenheiros da matriz da Toyota no Japão.

Segundo Rafael Chang, o resultado “possibilitará a reabertura de um novo período de aprimoramento técnico de toda a cadeia automotiva”.

Num típico veículo elétrico híbrido, a energia do motor elétrico vem de uma bateria alimentada tanto por um ponto externo de recarga quanto por um motor gerador interno, a combustão.

A novidade do Prius flex é que o motor gerador – usualmente abastecido com gasolina – também pode usar etanol.

CRÍTICAS

Elisabeth Farina, presidente da Unica, reconheceu que o Prius flex demostra ser possível a colaboração entre a tecnologia dos biocombustíveis e a dos motores elétricos.

“Entendemos que estamos num processo de transição para novos cenários de mobilidade sustentável, e o etanol é parte deles”.

Nos últimos meses, empresários e especialistas ligados ao setor de etanol fizeram várias críticas à chegada ao Brasil da tendência mundial pela mobilidade elétrica.

No dia 6 de fevereiro, Elisabeth Farina chegou a declarar ao jornal “Valor Econômico” ser contra o estudo do governo federal de reduzir o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) dos veículos elétricos.

O corte do IPI dos elétricos e híbridos faz parte do programa automotivo Rota 2030, previsto para substituir o Inovar-Auto, que vigorou até o último dia 31 de dezembro.

O governo espera anunciar o novo regime automotivo depois das negociações entre o Mercosul e a União Europeia, que devem se encerrar em abril.

No último dia 14 de março, em Ribeirão Preto, o presidente Michel Temer prometeu divulgar o Rota 2030 “logo, logo”.

A redução do IPI dos atuais 25% para até 7%, mesma alíquota dos carros flex, é uma das principais reivindicações da ABVE.

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Eletromobilidade em SP: íntegra das palestras

Um seminário promovido pela ABVE e Prefeitura de São Paulo debateu, nesta quarta-feira (14/3), medidas para desenvolver o mercado do veículo elétrico na maior cidade do país.

O Seminário “Eletromobilidade: Cenário, Desafios, Próximos Passos” reuniu 79 convidados no Laboratório de Mobilidade Urbana (MobiLab), no centro da cidade, com a presença do secretário de Transportes Sergio Avelleda.

O presidente da ABVE, Ricardo Guggisberg, condutor do evento, disse que  a iniciativa foi uma oportunidade para as empresas e o Poder Público discutirem soluções comuns para São Paulo avançar na agenda do transporte sustentável.

Sergio Avelleda, secretário de Transportes de São Paulo (c) e Ricardo Guggisberg (esq.)

ELETROPOSTOS

O ponto de partida foi o novo cenário que se abriu para a eletromobilidade no Brasil a partir da nova lei ambiental paulistana (Lei Municipal 16.802/2018) e o edital sobre os contratos da Prefeitura com as empresas de ônibus.

Prevaleceu o entendimento de que a lei e a futura licitação do transporte público equacionaram brilhantemente o desafio de mudar a atual frota de ônibus a diesel por veículos elétricos e híbridos nos próximos 20 anos.

O próximo passo é criar o marco legal necessário para desenvolver o mercado de veículos elétricos leves (automóveis e utilitários) e levíssimos (scooters, bicicletas e motos elétricas etc).

Uma das conclusões foi que as empresas e as autoridades devem encontrar soluções financeiras e regulatórias que permitam instalar eletropostos em ruas e avenidas de São Paulo, com financiamento privado.

A existência de uma rede de postos de recarga nas vias públicas – um mínimo de 100 unidades – foi considerada a medida mais importante para dar segurança ao potencial consumidor de veículos elétricos.

Embora já façam parte da paisagem de muitas cidades da Europa, China e Estados Unidos, os eletropostos são um tipo de mobiliário urbano ainda não previsto pela legislação paulistana, especialmente a Lei Cidade Limpa.

O financiamento privado poderia ser viabilizado tanto com publicidade quanto por parcerias público-privadas (PPPs).

A primeira parte do seminário foi dedicada a palestras e exposições do secretário Sergio Avelleda e de dirigentes da ABVE sobre mobilidade elétrica.

Na segunda parte, os participantes dividiram-se em grupos e discutiram os temas durante uma hora num workshop.

As conclusões serão sintetizadas pela ABVE e se tornarão um conjunto de propostas para o mercado e os poderes públicos.

PAUTA E ÍNTEGRAS

Confira as apresentações do seminário. Clique nos nomes.

Seminário Eletromobilidade em São Paulo e no Brasil: Cenários, Desafios, Próximos Passos. 

8h- Abertura

8h30- Situação da Eletromobilidade no Mundo e no Brasil

Juliano de Souza Mendes (ABVE/Moura)

8h50- A Experiência Internacional

Adalberto Maluf (ABVE/BYD)

9h10- Transporte Sustentável em São Paulo

Sergio Avelleda

Iêda de Oliveira (ABVE/Eletra)

9h30- A Infraestrutura Necessária: O Que Deve ser Feito

Danilo Leite (ABVE/CPFL)

Edgar Escobar (Abravei).

Ricardo Guggisberg (ABVE)

10h- Intervalo

10h15- Análise Comparada de Marcos Regulatórios em Grandes Metrópoles

Alexandre Polesi (ABVE)

10h30-Conceitos de Recarga de Veículos Elétricos, Recarga Urbana, Cenários Internacionais

Eduardo Sousa (ABVE/Electric Mobility Brasil)

11h-Workshop.

Coordenadores: Carolina Cominotti (Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo) e Ricardo Guggisberg (ABVE).

MOBILAB

O seminário foi no MobiLab, uma encubadora de startups e núcleo de pesquisa sobre mobilidade urbana, vinculado à Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo.

O MobiLab está instalado no primeiro andar de um prédio na Rua Boa Vista, 136, no centro histórico da cidade.

O local foi o escritório de trabalho de Ramos de Azevedo (1851-1928), o grande arquiteto paulistano do início do século passado.

Ramos de Azevedo foi o autor, entre outros, do projeto do Teatro Municipal de São Paulo, do Mercado Municipal de São Paulo e da Pinacoteca do Estado.

GALERIA DE FOTOS

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Avelleda admite antecipar regulamentação da lei ambiental

O secretário de Transportes de São Paulo, Sergio Avelleda, admite antecipar para antes de julho a regulamentação da nova lei ambiental do município, que dará início à troca dos atuais ônibus a diesel por elétricos e híbridos.

A Lei 16.802/2018, sancionada pelo prefeito João Doria em janeiro, fixou um prazo de 180 dias após a promulgação para a Prefeitura regulamentar seus itens mais importantes.

Esse prazo poderá ser antecipado, disse Avelleda, em debate na noite de 22/2, no Sindicato dos Arquitetos do Estado de São Paulo.

Sergio Avelleda quer lei regulamentada antes de julho

Segundo ele, os técnicos da Secretaria de Municipal de Mobilidade e Transportes já estão adiantando as minutas.

Garantiu, porém, que todos os textos da regulamentação serão submetidos a audiências públicas, e só então entrarão em vigor.

A nova lei fixa metas ambientais de emissão de poluentes que, na prática, deverão acelerar a mudança dos ônibus a diesel para elétricos e híbridos.

Ele negou o risco de um eventual atraso da regulamentação servir de pretexto para os empresários de ônibus protelarem o cumprimento das metas ambientais.

Também negou esse risco na hipótese de uma mudança política na Prefeitura, caso o prefeito João Doria se candidate a governador.

“O que está na lei terá de ser cumprido, isso independe de quem seja o prefeito ou o secretário” – disse Avelleda no debate.

Se Doria for candidato, terá de se desincompatibilizar do cargo até abril, e assumirá o vice-prefeito Bruno Covas.

Íntegra aqui.

PRAZOS E METAS

A Lei 16.802 foi publicada no “Diário Oficial” no dia 18 de janeiro. Portanto, teoricamente já está em vigor.

Mas a própria lei fixou um prazo de até 180 dias após a publicação para a Prefeitura regulamentar os itens mais importantes para o cumprimento das metas ambientais. São eles:

1- Criação do Comitê Gestor do Programa de Acompanhamento da Substituição de Frota por Alternativas Mais Limpas. Caberá a este comitê supervisionar a transição das frotas de ônibus a diesel por veículos elétricos, híbridos ou movidos a outros combustíveis não fósseis.

2-Definição da metodologia de cálculo das emissões que os empresários terão de seguir para reduzir a poluição por gás carbônico (CO²), óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado (MP).

A plena regulamentação da lei ambiental também é vital para o sucesso da licitação cujo edital a Prefeitura lançou no dia 21 de dezembro.

O debate no Sindicato dos Arquitetos foi promovido pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).

Tambem participaram Soninha Francine, vereadora do PPS, Clarisse Linke, diretora do ITDP Brasil, Rodrigo Chauvert, advogado especializado em mobilidade urbana, e Rafael Calabria, do Idec.

Íntegra aqui.

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Campinas quer nova licitação para ônibus elétricos até maio

A Prefeitura de Campinas  marcou para 23 de março uma audiência pública e espera lançar até maio uma nova licitação para dar início à troca de ônibus a diesel por elétricos no transporte municipal.

A Secretaria de Transportes espera que até o final de 2018 apenas veículos elétricos ou híbridos possam circular no centro da cidade do interior paulista.

A audiência pública será no Paço Municipal, no dia 23 de março, às 9h (Avenida Anchieta, 200).

Campinas será a segunda grande cidade do país a lançar uma licitação de ônibus em 2018 – depois de São Paulo.

A frota municipal tem 1.200 ônibus, que transportam 610 mil passageiros/dia (224 mil usuários).

Carlos Barreiro quer zona livre de combustíveis fósseis

O secretário municipal de Transportes, Carlos Barreiro, decidiu antecipar em três anos o fim dos atuais contratos assinados em 2006, que venceriam em 2021.

Um dos motivos foram as restrições do Tribunal de Contas do Estado, que apontou irregularidades na licitação anterior.

O motivo principal, no entanto, é a decisão do prefeito Jonas Donizette de acelerar a transição dos ônibus a diesel para elétricos.

Em  março de 2017, o prefeito já havia anunciado a meta de eletrificar ao menos 10% da frota até 2020 – portanto, antes do vencimento dos atuais contratos.

ZONA BRANCA

O secretário de Transportes quer criar ainda este ano uma Zona Branca no centro de Campinas, proibida à circulação de veículos movidos a combustível fóssil.

Ele espera lançar a licitação em maio e assinar os primeiros contratos 90 dias depois.

Hoje, cinco empresas operam as quatro áreas do transporte coletivo municipal de Campinas:

Área 1-Azul Claro: VB Transportes;
Área 2-Vermelha: Consórcio Concicamp (Itajaí e Expresso Campibus);
Área 3-Verde: Consórcio Urbcamp (VB Transportes e Coletivos Pádova);
Área 4- Azul Escuro: Onicamp Transportes.

Segundo pesquisa do IBGE divulgada em dezembro de 2017, Campinas tem a terceira maior economia do Estado e a 11ª do país, com PIB municipal de R$ 56,4 bilhões (2015).

No Estado, fica atrás apenas de São Paulo e Osasco; no Brasil, supera capitais como Recife (PE), Goiânia (GO) e Vitória (ES).

Uma de suas indústrias é a filial da chinesa BYD, fabricante de ônibus elétricos e baterias, inaugurada em abril de 2017.

Em população, Campinas é a terceira cidade paulista, com 1,18 milhão de habitantes (depois de São Paulo e Guarulhos), e a 14ª do Brasil.

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Caminhão elétrico da Volks-MAN é vitória da tecnologia nacional

O lançamento mundial do caminhão elétrico e-Delivery, da Volkswagen-MAN, em outubro de 2017, foi uma vitória da tecnologia da Eletra e WEG, duas empresas 100% nacionais.

O e-Delivery foi apresentado no dia 11 de outubro em Hamburgo pela Volkswagen Truck And Bus, durante o Innovation Day, evento de tecnologia de transportes promovido pela empresa.

“O e-Delivery representa um marco na história da Volkswagem Caminhões e Ônibus” – disse Roberto Cortes, CEO da MAN Latin America, divisão latino-americana da Volks para veículos pesados.

E-Delivery, o caminhão elétrico mundial da Volks-MAN, totalmente produzido no Brasil

“É uma plataforma totalmente nova, desenvolvida no Brasil, na busca de alternativas de mobilidade nas cidades. O e-Delivery insere definitivamente a engenharia brasileira na rota global de tecnologia”.

ORGULHO

Iêda de Oliveira, vice-presidente da ABVE e executiva da Eletra, afirmou que o lançamento marca um momento de afirmação e maturidade da tecnologia concebida no Brasil.

“Desenvolver, em tempo recorde, o power train de tração elétrica para o novo modelo da Volkswagen Caminhões e Ônibus foi um desafio e uma grande satisfação”.

“Além do excelente resultado, houve total sintonia entre as engenharias, deixando as equipes envolvidas orgulhosas e empolgadas para novos desafios” – acrescentou Iêda.

A Eletra é uma empresa de São Bernardo do Campo especializada em ônibus elétricos puros, híbridos e trólebus.

O e-Delivery foi produzido com o novo motor elétrico AL 160, da WEG, empresa brasileira que é referência mundial na fabricação de propulsores elétricos.

A opção pela tecnologia brasileira deveu-se à decisão da Volks Truck And Bus de desenvolver um produto compatível com as condições operacionais dos mercados emergentes.

O novo caminhão foi concebido como um veículo leve de carga (VUC), para uso nas grandes cidades, com autonomia de 200 km e duas opções de capacidade (nove e 11 toneladas).

O trem de força (power train) desenvolvido pela Eletra, com transmissão Allison, permite ao motor WEG AL 160 gerar até 109 cv de potência (80 kW).

O conjunto foi desenvolvido para possibilitar o trânsito do veículo em diferentes condições.

O e-Delivery pode, por exemplo, dar partidas em rampas com inclinação de até 25º e subir em ruas de até 30º.

O veículo foi produzido na fábrica da MAN Latin America em Resende, no Rio de Janeiro, e enviado já pronto para Hamburgo.

FREIO REGENERATIVO

As baterias são de íon-lítio LiFePO4, que possibilitam recargas rápidas de até 30% da capacidade em 15 minutos, ao longo da rota do veículo, ou recargas longas de 100%, em três horas, com carregadores modelo CCS.

O e-Delivery incorpora também algumas das virtudes do sistema de tração Eletra já consagradas em seus modelos de ônibus elétricos.

Uma delas é o freio regenerativo, que possibilita uma recuperação de até 30% da energia da bateria, antes mesmo do acionamento do freio mecânico.

Ao mesmo tempo, o sistema Eco Drive Mode permite economizar energia por meio da modulação do consumo das baterias de acordo com o peso e as condições da carga.

Os sistema de ar condicionado e as bombas de água e direção também funcionam com motores elétricos, porém independentes do sistema de tração.

O resultado, segundo a Volks, é um veículo leve, versátil, silencioso e com emissão zero de gases do efeito estufa.

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Após consulta, edital dos ônibus de SP terá versão final em abril

A Prefeitura de São Paulo deverá publicar em abril a versão final do edital sobre os contratos com as empresas de transporte, que dará início à troca dos ônibus a diesel por elétricos e híbridos.

A fase de consulta pública encerrou-se no dia 5 de março. As sugestões e críticas enviadas por escrito estão sendo avaliadas pela Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT-SP).

Com o texto final do edital, o secretário de Transportes, Sergio Avelleda, espera lançar a licitação pública ainda em abril, receber as primeiras propostas até maio e assinar os primeiros contratos até julho.

Terminal de ônibus do Sacomã: rumo ao transporte sustentável em São Paulo

O edital fixa metas rigorosas de controle de poluição dos 14.400 ônibus operacionais da frota atual (98% deles a diesel), abrindo caminho para a conversão dos veículos para modelos elétricos.

A primeira versão do edital  foi publicada no dia 20 de dezembro. A fase de consulta pública foi prorrogada de 3 de fevereiro para 5 de março.

O edital saiu uma semana depois que a Câmara Municipal aprovou uma nova lei ambiental com regras mais rígidas de controle de emissão de poluentes.

A lei 16.802/2018 foi sancionada pelo prefeito João Doria no dia 17 de janeiro e publicada no “Diário Oficial do Municipio”.

Os contratos com as empresas de ônibus venceram no final de 2013 e têm sido renovados em caráter emergencial desde 2014.

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