Um seminário promovido pela ABVE e Prefeitura de São Paulo debateu, nesta quarta-feira (14/3), medidas para desenvolver o mercado do veículo elétrico na maior cidade do país.
O Seminário “Eletromobilidade: Cenário, Desafios, Próximos Passos” reuniu 79 convidados no Laboratório de Mobilidade Urbana (MobiLab), no centro da cidade, com a presença do secretário de Transportes Sergio Avelleda.
O presidente da ABVE, Ricardo Guggisberg, condutor do evento, disse que a iniciativa foi uma oportunidade para as empresas e o Poder Público discutirem soluções comuns para São Paulo avançar na agenda do transporte sustentável.
ELETROPOSTOS
O ponto de partida foi o novo cenário que se abriu para a eletromobilidade no Brasil a partir da nova lei ambiental paulistana (Lei Municipal 16.802/2018) e o edital sobre os contratos da Prefeitura com as empresas de ônibus.
Prevaleceu o entendimento de que a lei e a futura licitação do transporte público equacionaram brilhantemente o desafio de mudar a atual frota de ônibus a diesel por veículos elétricos e híbridos nos próximos 20 anos.
O próximo passo é criar o marco legal necessário para desenvolver o mercado de veículos elétricos leves (automóveis e utilitários) e levíssimos (scooters, bicicletas e motos elétricas etc).
Uma das conclusões foi que as empresas e as autoridades devem encontrar soluções financeiras e regulatórias que permitam instalar eletropostos em ruas e avenidas de São Paulo, com financiamento privado.
A existência de uma rede de postos de recarga nas vias públicas – um mínimo de 100 unidades – foi considerada a medida mais importante para dar segurança ao potencial consumidor de veículos elétricos.
Embora já façam parte da paisagem de muitas cidades da Europa, China e Estados Unidos, os eletropostos são um tipo de mobiliário urbano ainda não previsto pela legislação paulistana, especialmente a Lei Cidade Limpa.
O financiamento privado poderia ser viabilizado tanto com publicidade quanto por parcerias público-privadas (PPPs).
A primeira parte do seminário foi dedicada a palestras e exposições do secretário Sergio Avelleda e de dirigentes da ABVE sobre mobilidade elétrica.
Na segunda parte, os participantes dividiram-se em grupos e discutiram os temas durante uma hora num workshop.
As conclusões serão sintetizadas pela ABVE e se tornarão um conjunto de propostas para o mercado e os poderes públicos.
PAUTA E ÍNTEGRAS
Confira as apresentações do seminário. Clique nos nomes.
Seminário Eletromobilidade em São Paulo e no Brasil: Cenários, Desafios, Próximos Passos.
8h- Abertura
8h30- Situação da Eletromobilidade no Mundo e no Brasil
Juliano de Souza Mendes (ABVE/Moura)
8h50- A Experiência Internacional
9h10- Transporte Sustentável em São Paulo
Sergio Avelleda
Iêda de Oliveira (ABVE/Eletra)
9h30- A Infraestrutura Necessária: O Que Deve ser Feito
10h- Intervalo
10h15- Análise Comparada de Marcos Regulatórios em Grandes Metrópoles
10h30-Conceitos de Recarga de Veículos Elétricos, Recarga Urbana, Cenários Internacionais
Eduardo Sousa (ABVE/Electric Mobility Brasil)
11h-Workshop.
Coordenadores: Carolina Cominotti (Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo) e Ricardo Guggisberg (ABVE).
MOBILAB
O seminário foi no MobiLab, uma encubadora de startups e núcleo de pesquisa sobre mobilidade urbana, vinculado à Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo.
O MobiLab está instalado no primeiro andar de um prédio na Rua Boa Vista, 136, no centro histórico da cidade.
O local foi o escritório de trabalho de Ramos de Azevedo (1851-1928), o grande arquiteto paulistano do início do século passado.
Ramos de Azevedo foi o autor, entre outros, do projeto do Teatro Municipal de São Paulo, do Mercado Municipal de São Paulo e da Pinacoteca do Estado.
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