A Associação Brasileira do Veículo Elétrico voltou a defender, nesta quarta (21/3), o corte do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) dos veículos elétricos e híbridos.

Em nota assinada pelo presidente Ricardo Guggisberg, a ABVE diz confiar na promessa do presidente Michel Temer de divulgar o mais cedo possível o novo regime automotivo Rota 2030, que prevê a redução do imposto.

O corte do IPI, dos atuais 25% para até 7% (mesma alíquota dos carros flex), é condição essencial para o crescimento do mercado de veículos elétricos, segundo a associação.

Ricardo Guggisberg, presidente da ABVE

A ABVE cita o recente lançamento do Prius flex da Toyota – o primeiro carro elétrico híbrido movido a etanol do mundo – como exemplo de que as empresas já fazem a sua parte para desenvolver a eletromobilidade no Brasil.

“A ABVE espera que tal exemplo inspire o Governo Federal a avançar nas ações em defesa da mobilidade sustentável, previstas no futuro programa automotivo Rota 2030”  – afirma a nota.

“Por isso, confia em que o presidente Michel Temer divulgará o quanto antes a prometida redução do IPI dos veículos elétricos e híbridos para 7%, a mesma alíquota dos carros flex 1.0”.

A nota também destaca que a colaboração entre as tecnologias de motorização elétrica e de biocombustíveis é o melhor caminho para o transporte sustentável no Brasil.

“O Brasil é um dos poucos países no mundo com competência para adotar diferentes tecnologias de energias renováveis”- concluiu o texto.

Ricardo Guggisberg participou, no dia 19 de março, na Universidade de São Paulo, do lançamento do protótipo do Prius flex da Toyota.

O carro iniciou um período de testes em condições reais, num percurso de 1.500 km entre São Paulo e Brasília.

Segundo o presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, a empresa aguarda o anúncio do governo sobre o corte de IPI para definir a sua estratégia de produção e comercialização do Prius flex no país.

Íntegra da nota:

ABVE confia na redução do IPI para a mobilidade elétrica

O primeiro carro elétrico híbrido movido a etanol do mundo – o protótipo do Toyota Prius flex, lançado no dia 19 de março em São Paulo – é uma demonstração clara de que o país só tem a ganhar com a confluência entre tecnologias de mobilidade sustentável, nas quais detém indiscutível competência.

O anúncio prova que as empresas e os técnicos brasileiros já fazem a sua parte na busca de soluções inovadoras para o transporte.

A ABVE espera que tal exemplo inspire o Governo Federal a avançar nas ações em defesa da mobilidade sustentável, previstas no futuro programa automotivo Rota 2030.

Por isso, confia em que o presidente Michel Temer divulgará o quanto antes a prometida redução do IPI dos veículos elétricos e híbridos para 7%, a mesma alíquota dos carros flex 1.0.

Trata-se de medida de justiça tributária, considerando-se que os modelos elétricos e híbridos têm eficiência energética superior à dos veículos flex 1.0.

Não é hora de recuar. É hora, sim, de desenvolver todo o potencial da eletromobilidade e das empresas brasileiras que atuam nesse mercado. É hora de superar definitivamente o falso dilema que ainda opõe eletricidade e etanol na matriz energética do transporte.

O Brasil é um dos poucos países no mundo com competência para adotar diferentes tecnologias de energias renováveis.

Essa diversidade é o grande ativo nacional na economia mundial de baixo carbono. Essa é a agenda que interessa ao país.

Ricardo Guggisberg, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico.